Tiradentes – Benedita de Rezende
O texto foi publicado na edição de 01º de maio no Jornal Primeira Feira, na coluna Um Dedinho de Prosa.
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Há algum tempo, publiquei aqui no dedinho de prosa alguns poemas escritos pela Professora Benedita de Rezende (1889 – 1964) que durante anos atuou como educadora na cidade de Salto. A professora é patronesse de uma escola saltense bem como da Cadeira número 15, ocupada pela querida Damien Pacheco, na Academia Saltense de Letras.
Benedita de Rezende escrevia seus poemas para serem utilizados em sala de aula como ferramenta de alfabetização dos alunos, escrevia poemas de cunho patriótico e, como musicista, compunha melodias para os poemas. Benedita nasceu aos 09 de maio de 1889, na cidade de Taubaté. Em homenagem à Professora, segue a transcrição do poema Tiradentes, escrito em 13 de outubro de 1962 e originalmente transcrito pela professora Damien.
Boa leitura e bom fim de semana a todos.
Tu que sonhaste a Pátria libertada Da escravidão do velho Portugal, Tristonho a viste em luto mergulhada, Em delação terrível e fatal!
Tu que sonhaste a Pátria engrandecida, Iluminada aos louros da vitória, Viste rolar por terra, enlanguescida, Morta a esperança dessa imensa glória!
Quem haverá que possa te olvidar, Subindo a escada infame do suplício, E corajoso a vida sepultar, Em doloroso horrível sacrifício?!
Assim firmaste, espírito altaneiro, Tua indelével, nítida, memória, No coração do povo brasileiro, Nas comoventes páginas da História!
Embevecido presta-lhe homenagem! O brasileiro, cumpre o teu civismo! No altar da Pátria fita a sua imagem, Simbolizando a estátua do heroísmo!