Solidariedade e Confiança em tempos de Covid-19
O texto que segue foi originalmente publicado no Jornal Primeira Feira, na coluna “um dedinho de prosa”.
Boa leitura!
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Durante o período de isolamento social que estamos vivendo, todos os dias é possível abrir páginas de noticiários e observarmos análises das mais diversas possíveis, desde projeções de um futuro mais solidário até preocupações com a questão política e econômica mundo afora.
Junto a tudo isso vem a preocupação com as chamadas Fake News, notícias que não competem com a verdade e buscam apenas a tentativa de causar o caos e o desconforto para aqueles que tem contato com tais desinformações. Dias atrás, o historiador Yuval Noah Harari, autor do best-seller “Sapiens: uma breve história da humanidade”, publicou um ensaio para debater suas considerações da atual situação de pandemia. No texto intitulado “Na batalha contra o coronavírus, faltam líderes à humanidade”, o autor destaca a palavra solidariedade como um aspecto fundamental para ajudar a conter maiores prejuízos dos tantos já causados pelo Covid-19.
No que se refere ao global, Harari cita duas importantes manifestações que os países podem ter neste momento, a primeira é que cada nação deve ser responsável por compartilhar honestamente as informações sobre o surto. Recentemente, os jornais brasileiros apontaram a preocupação com a subnotificação dos casos. Os números apontam para um valor X de casos confirmados, mas, ao que parece, esse valor é maior do que o divulgado. Sabemos que cada país apresenta suas particularidades e muitas vezes carecem realmente de meios mais rápidos para a constatação do novo coronavírus.
O segundo ponto abordado pelo autor é a confiança. Para ele, os países precisam confiar uns nos outros e estender a “mão amiga” diante da emergência mundial. Infelizmente as últimas notícias demonstraram um cenário de certo egoísmo por parte de algumas potências mundiais que, em atitudes políticas, extrapolam os limites da ética perante o outro e confiscam produtos como máscaras ou fazem altos investimentos e acordos passando na frente de países que já haviam acordado antes.
Bom, nós como indivíduos podemos contribuir muito para que isso acabe logo e os danos não sejam maiores. Neste momento, a solidariedade e confiança, que já vêm sendo manifestadas por várias pessoas, são extremamente importantes e, nosso maior ato de demonstração de preocupação com o outro é seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, ficando em casa e estar sempre higienizando bem as mãos.
Juntos sairemos dessa. Fiquem em casa e bom fim de semana.