O céu escurece
destemperança no ar, desalinhos
a fraternidade fenece,
trancas e troncos nos caminhos

Ouço grita nas esquinas,
Nas igrejas não há fé nas rezas,
os homens de “bem” enlouquecem
folhas secas ao vento
formiguinhas sem noção;

Torre de Babel!
Sangra a virtude
chora a verdade
delira a justiça,

as vigas de sustentação
desmoronam sob o peso
da excrecência, da vilania;

Não! Não me culpem…
Sou do meio o produto
inacabado, mal cuidado, doente,
mas resisto porque existo!
E na fina réstia dessa luz
que mal ilumina
rogo não nos desampare…
É preciso mudar
é preciso Renovare…

Moço, o fundo do poço
Chegou!

13/04/2017

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