Filho de imigrantes italianos, João Silvestre nasceu aqui em Salto, a 14 de dezembro de 1922. Desde garoto tinha tendência para radialista, sendo locutor de um cinema em Salto (“Ruy Barbosa”) de propriedade de sua família. Estreou na Rádio Bandeirantes, em São Paulo, passando depois para a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro.
Foi locutor, produtor, diretor e ator de novelas. Lançou o programa “O Céu é o limite”, que o consagrou nacional e internacionalmente. Teve destaque como jornalista na Revista “O Cruzeiro” e em jornais de São Paulo e do Rio. Editou livros na Flórida – USA, onde residiu por muito tempo.
Todo esse conhecimento adquirido valeu-lhe a direção da Radiobrás, órgão oficial criado para organizar e decidir as atividades do rádio em todo o território nacional.
Após uma trajetória de sucesso na televisão brasileira, tendo passado por canais como SBT, Rede Bandeirantes e TV Manchete, J. Silvestre veio a falecer no ano de 2000, deixando saudades nos locais onde passou.
Texto de Ettore Liberalesso
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J. Silvestre iniciou no rádio em 1941, mais especificamente na Rádio Bandeirantes, de São Paulo, SP. Desempenhou todas as funções no rádio: ator, sonoplasta, contrarregra, ensaiador e autor. Em 1945, transferiu-se para a rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Volta para São Paulo – 1946 e vai para a rádio Cultura. Na rádio paulistana se torna apresentador de programa de calouros. Retorna à Rádio
Tupi, em 1950. Participou da inauguração da TV Tupi Rio de Janeiro, em janeiro de 1951, num programa estrelado pelo padre cantor mexicano Frei José Mojica. Em 1952 escreve e atua na telenovela Os quatro filhos. Apresenta o programa Essa é sua vida. O programa “O Céu é o Limite”, estreia na TV Tupi do Rio de Janeiro – 1955. “O Céu É o Limite”, de J. Silvestre, foi o precursor dos programas de perguntas e respostas da TV brasileira sendo um enorme sucesso, tanto que nos anos 70, o programa atingiu 84 pontos de audiência, uma das maiores audiências da TV brasileira. Um programa de mesmo nome era apresentado na TV Tupi, de São Paulo; sob o comando de Aurélio Campos. Os programas apresentados por J. Silvestre estabeleceram recordes históricos de audiência. Era o início da época do bordão “absolutamente certo!”
Com a inauguração da Embratel, lançou o primeiro programa em rede no Brasil, Domingo Alegre da Bondade, gerado pela TV Tupi no Rio. E depois apresentou O Carnê da Girafa.
De 1972 a 1976 ausente da televisão, aproveitou para escrever o livro Como vencer na televisão. Silvestre foi nomeado presidente da Rádiobras, em Brasília, DF, pelo presidente da república, João Batista de Figueiredo.
No SBT, também apresentou o Show Sem Limite e A Mulher é um Show, O Carnê da Girafa. Transferiu-se para a Rede Bandeirantes, onde apresentou o Programa J. Silvestre, o primeiro no estilo talk show na TV brasileira, e o Essas mulheres maravilhosas. Na Rede Globo fez participação especial, homenageando Xuxa e Renato Aragão, no seu quadro Essa é a sua vida. Em 1997, retornou à TV após dez anos afastado, apresentando o Domingo Milionário, pela Rede Manchete. Mas este ficou pouco tempo no ar, e J. Silvestre não voltaria mais para a TV falecendo em 2000.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/J._Silvestre
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