Perfumes remontados,

batons descoloridos

em bocas frêmitas

de tempos idos;

                                                           No solavanco da existência

            ainda rescendem

flagrâncias insistentes,

mas tão amenas quanto a lembrança;

A ansiedade e frescor

o vento que sopra as eras

passou… levou…

Ah! Verdejantes quimeras…

 

A impulsividade do amor esmoreceu,

e o inexorável amanheceu!

Outonamente as pétalas soçobraram

perdendo-se no tempo,

tons cinza no céu de poucos

ar plúmbeo na terra de todos

               frio….

Frio no verso,

frio na espera

da nova primavera,

confusos e imponderáveis sentimentos,

invadem e assombram o irrequieto espírito,

é o inverno garoando

saudade por aí;

 

E com a empalecida tez

arquivei meu ontem

na pasta do tudo ou nada…TEMPO

Hoje? Desterro-me

E eis-me aqui outra vez….

 

11/12/2014 – 17:03

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