A inspiração vem dos lugares mais diversos. A minha veio ao ler um trabalho escolar de minha filha, Isadora. Estamos todos isolados aqui em casa, como muitos de vocês devem estar. E a visão singular dela sobre esse momento me tocou e acredito que também tocará a vocês.

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O que é a arte no meio de uma quarentena?

Arthur Schopenhauer coloca a arte como a única maneira de acabar com o sofrimento humano e trazer sentido a nossa existência. Nota-se assim a grande importância dos artistas, e da arte em si. O momento que vivemos, já que a quarentena implica no isolamento social que certamente pode gerar angústia  a grande parte dos cidadãos, acostumados com grande interação social.

Essa angústia existencial pode ser facilmente esquecida durante o desenvolvimento e a prática de uma atividade artística. Muitas pessoas provavelmente já estão inseridas nisso e usufruindo do cinema, da literatura, da poesia, da música, da dança, da pintura, do desenho, mesmo sem perceber essa atividade como uma manifestação artística. Podemos colocar então a arte como uma válvula de escape, como diria Nietzsche, “A arte existe para que a realidade não nos destrua.”

O desenvolvimento do pensamento crítico e lógico é sim de tamanha importância ao crescimento da humanidade, mas a poesia, a arte, o amor são as coisas pelas quais vale a pena viver. Se as pessoas não fomentarem isso, instigando sua criatividade, então podemos dizer que a busca pela felicidade e êxtase foram tristemente perdidas no meio da razão pura e cruel.

Por: Isadora de Barros Palhardi

 

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