Nossa terra – Benedita de Rezende (1889-1964)
Benedita de Rezende escrevia seus versos e, muitos, eram para serem musicalizados, tendo partituras.
Segue a transcrição de um de seus poemas, escrito em 03 de dezembro de 1962.
Boa leitura!
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Guarujá é do Brasil
Praia mui maravilhosa.
O turista passa lá,
Temporada bem gostosa.
Também quero passear,
Lá na bela Guanabara,
Apreciar o Pão de Açúcar,
Uma coisa muito rara.
Pra comer um vatapá,
Eu embarco pra Bahia.
Que comida deliciosa!
Ó que boa iguaria!
Lá na selva do Amazonas,
Gosta o índio de caçar.
E nas tardes bem serenas,
Também gosta de pescar.
E depois põe-se a cantar
Uma canção regional.
A toada é meio triste, tem um que de funeral:
Cantando:
Vem sobre o monte,
De luz rodeada,
A mãe de ouro,
De madrugada.
A Iara canta
No fundo d’água
A gente escuta
E sente mágoa
Iu… iu… iu… iu…
Pra me lembrar
Bem de Nanê,
Toco tristonho
Membi-chuê.
Tupã expulsa
O Anhangá,
Ele se esconde
Com Marabá.
Iu… iu… iu… iu…