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Informações gerais
Patrono: Sócrates
Biografia
É especializado em publicações digitais. Realizou pesquisas experimentais sobre o tema que foram publicadas na Expocom Sudeste 2010, Expocom Sudeste 2011, Intercom Nacional 2011 e Expocom Sudeste 2012. Publicou também o livro "Revistas Digitais para iPad e outros tablets" e o livro "Coleção Adobe InDesign CC - PDFs interativos", ambos em co-autoria com Ricardo Minoru. Foi jurado em 2015, 2016 e 2017 no Prêmio Jabuti, o mais importante prêmio literário do Brasil, na categoria “Livros Infantis Digitais”. Tornou-se membro da Academia Ituana de Letras (ACADIL) em abril de 2017 e membro da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro (ANLPPB) em abril de 2018.
Bibliografia
Livros publicados/organizados ou edições
PLUVINAGE, J. ; HORIE, R. M. . Coleção Adobe InDesign CS6 - PDFs Interativos. 1. ed. São Paulo: Bytes & Types, 2012. 146p. [Mais informações: http://goo.gl/4MZYy]
PLUVINAGE, J. ; HORIE, R. M. . Revistas digitais para iPad e outros tablets. 1. ed. São Paulo: Bytes & Types, 2011. 218p . [Primeiro livro sobre revistas digitais para tablets no Brasil e no mundo. Mais informações: http://goo.gl/2wWsg]
Textos em jornais de notícias/revistas
PLUVINAGE, J. Próxima partida: homem x máquina. Revista Continuum - Itaú Cultural, v. 27, p. 38 - 41. [Acesso: http://issuu.com/itaucultural/docs/revista-continuum-27/38]
PLUVINAGE, J. A arte narrativa na vida digital. Revista Continuum - Itaú Cultural, v. 25, p. 46 - 49. [Acesso: http://issuu.com/itaucultural/docs/continuum_abril_maio_25/46]
Apresentações de trabalho
PLUVINAGE, J. Criação da Revista Digital Sorria para Tablet. 2012. (Apresentação de Trabalho/ XIX Prêmio Expocom 2012 – Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação). [Acesso: http://goo.gl/QCmS5U]
PLUVINAGE, J. A progressão da Revista Impressa para sua Versão Digital na Mídia Tablet. 2011. (Apresentação de Trabalho/ XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Recife, PE – 2 a 6 de setembro de 2011). [Acesso: http://goo.gl/chr2L]
PLUVINAGE, J. Luzes contra o vazio digital: Adaptação da revista impressa Photoshop Pro para sua versão digital no iPad. 2011. (Apresentação de Trabalho/ XVIII Prêmio Expocom 2011 – Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação). [Acesso: http://goo.gl/KmjV3g]
PLUVINAGE, J. ; SILVA, R. O Arauto. 2010. (Apresentação de Trabalho/ XVII Prêmio Expocom 2010 – Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação). [Acesso: http://goo.gl/K0pa7E]
Discurso de posse
Nesta terra em que as próprias rochas moutonnée se curvam como versos de uma poesia, celebramos agora nossos escritores por meio da escrita, para honrar a vida e obra das pessoas ilustres que formam a Academia Saltense de Letras.
E para isso celebrarei a memória de Dr. Nicodemos Rocha, da cadeira n. 26, de patrono Sócrates, o célebre filósofo.
Começarei com um elogio ao Sócrates, que se descrevia como um mosquito, um inseto que incomodava a sociedade atenense com perguntas inconvenientes. O que é a beleza? O que é a justiça? O que é a coragem? Sócrates se estivesse aqui presente, nesta biblioteca, local público de troca de ideias e saberes, logo já estaria nos incomodando com tantas indagações. Ele era mesmo impertinente. Mostraria que muitos de nossos saberes são baseados em achismos, preconceitos e opiniões subjetivas. Destruiria nossas respostas com sua terrível ironia, uma arma que nos faz reconhecer nossa própria ignorância. Mas uma vez que nos escontrássemos sem respostas, não seria em Sócrates que encontraríamos a saída. Não, ele não estaria aqui na biblioteca, nos incomodando, para mostrar seu saber como um grande catedrático.
Ele estaria aqui, humildemente, com sua toga e sandálias, nos ajudando a buscar nossa sabedoria, tendo como admissão da própria ignorância o ponto de partida para a construção de um conhecimento verdadeiro. Essa era a técnica de Sócrates, chamada também de maieutica. Uma tremenda impertinência até hoje nos tempos da Fake News.
Esse Sócrates que estaria entre nós, nesta biblioteca, talvez não tivesse que beber cicuta, mas suas perguntas o traria problemas hoje da mesma forma que no passado. O fato é que Sócrates continua entre nós, toda vez que questionamos nossos próprios saberes. Não devemos ter medo de nos fazer perguntas, mesmo se não soubermos as respostas. Não devemos nunca nos furtar a amar o saber e a buscá-lo sempre, por mais árdua que seja essa tarefa.E nessa busca pelo saber, gostaria de citar como exemplo, o Dr. Nicodemos Rocha, que de sua origem humilde, abraçou com paixão os estudos e se tornou grande escritor, poeta, advogado e professor universitário.
Dr. Nicodemos Rocha, nasceu em Porto Feliz. Foi o sexto filho de uma família de oito irmãos, família formada pelo casal João e Ana Ernesta. Mudou-se para Itu ainda menino e teve uma infância pobre e difícil. Aos dez anos, tinha que dividir seus estudos com o trabalho, realizando entregas para uma farmácia. Depois, construiu sua própria caixa de engraxate e com ela buscava sua renda. Era esta renda que o permitia comprar material escolar para ele e para dois irmãos menores. A caixa de engraxate foi tão importante que guardou como lembrança. Tornou-se símbolo e troféu para passar a seus filhos e netos a dignidade com que conduzia sua vida.
Com sua dedicação e esforço Nicodemos Rocha superou todas as adversidades. Com sua paixão pelo saber, que o acompanhou em toda sua vida, formou-se em Contabilidade, Estudos Sociais, História, Pedagogia e Direito. E foi na área do Direito que fez seu doutorado. Também realizou uma pós-graduação em História Moderna e Contemporânea.
Foi indicado por Lázaro José Piunti, cadeira 14, patrono Castro Alves, para fazer parte desta prestigiada academia. Além de um excelente professor, que adorava administrar aulas, era reconhecido pela forma poética com que realizava seu ofício de advogado, ao redigir petições, contestações e outros recursos à Justiça. Também escrevia para os jornais “Itu Notícias”, “Aconteceu em Itu”, o jornal “Periscópio”, a revista “Campo & Cidade” e para as mídias sociais.
Este grande homem nos deixou em 24 de dezembro, véspera de Natal de 2015. Deixou a esposa Lourdes Calegari Rocha e os filhos Dorotéia Rocha e Nicodemos Rocha Filho, além de três netos.
Das memórias que Nicodemos deixou, quero destacar duas. Uma bem-humorada: durante uma entrevista informal, perguntaram a ele como reagiria se Platão e Sócrates lhe batessem à sua porta.
Sua resposta: Não faço a mínima ideia. Nem saberia como recepcioná-los. Penso que o mais indicado seria convocar uma reunião urgente de Aslenianos bradando um HELP! ... Em tais circunstâncias a participação da Anna seria imprescindível.
Outra lembrança é de seu filho Nicodemos Rocha Filho, que destacou, além da grande trajetória que seu pai fez, o fato dele ser um porto seguro, no qual ele sempre pode ancorar o transatlântico de suas dúvidas, angustias e inseguranças, e sempre essa enorme embarcação desancorava e partia leve.
Essas foram as vidas de Sócrates e Dr. Nicodemos Rocha. Que possamos também seguir seus caminhos de amar a sabedoria e ir em busca dela. Muito obrigado.