O jornalista e acadêmico Bernardo de Campos

O jornalista e acadêmico Bernardo Jerônimo de Campos, de 87 anos, morreu na noite de sexta-feira (14 de fevereiro), em Itu. Titular da Cadeira 30 da Academia Saltense de Letras, patrono Jorge Amado, ele era natural de Capivari. Desde a infância, teve sua vida entrelaçada com a cidade de Itu, onde cresceu e fez carreira.

Filho de Luiz de Campos Filho e Antônia Brigato de Campos, Bernardo nasceu na véspera de Natal e foi criado em uma família com fortes laços com a Igreja Católica. O jornalista e acadêmico estudou no Grupo Escolar Cesário Motta e nas Humanidades do Seminário Nossa Senhora do Carmo, ambos em Itu.

A presidente da Academia Saltense de Letras, Marilena Matiuzzi, lamentou o falecimento durante a reunião ordinária da entidade na manhã deste sábado. “Perdemos um nome importante para a cultura e para o jornalismo de Salto, Itu e toda a região, que certamente fará falta nas nossas fileiras da Academia”, disse ela.

O radialista Gasparini Filho, titular da Cadeira 12 da Academia Saltense de Letras, patrono São Francisco de Assis, padrinho de indicação de Bernardo para a entidade, também lamentou a morte. “Bernardo é um grande amigo, uma pessoa que se notabilizou pela eficiência no jornalismo e na escrita. Uma grande perda”.

A vocação para o jornalismo surgiu em casa, influenciado pelo pai, que era tipógrafo e cronista no jornal A Federação, um jornal com fortes ligações com a Igreja Católica. Seguindo esse caminho, ele iniciou sua colaboração jornalística em 1957 e permaneceu como escritor e editor do semanário por mais de meio século.

Bernardo teve um papel marcante na imprensa ituana como diretor de redação e presidente da mantenedora do jornal A Federação, a Associação São Paulo da Boa Imprensa, entre 1996 e 1999. Além de suas contribuições jornalísticas, deixou um legado literário com os livros Meio Século na Imprensa (Editora Ottoni, 2008) e Crônicas Esparsas (Editora Livros do Pensamento, 2017).

Escritor, Bernardo também fez carreira no jornalismo

Ao longo de sua vida profissional, atuou ainda como funcionário público na Câmara de Vereadores de Itu, no Instituto de Previdência Social e no Banco do Brasil, onde se aposentou. Demonstrando incansável dedicação ao conhecimento, ingressou na Faditu para estudar Direito, exercendo posteriormente a advocacia no foro local.

Figura de destaque no meio acadêmico em Salto, Bernardo também foi um dos fundadores da Academia Ituana de Letras, onde ocupava a Cadeira 13, cujo patrono é Luís Colanéri, seu conterrâneo e contemporâneo. Chegou a presidir a academia ituana entre 2008 e 2012 e integrou ainda a Sociedade Amigos da Cidade de Itu.

Na vida pessoal, foi casado com Flávia Betinelli e deixa cinco filhos: João Paulo, Maria Paula, Maria Fernanda, João Sérgio e Maria Betânia. O velório está sendo realizado neste sábado (15), no Velório Municipal de Itu, e o sepultamento está previsto para as 15h deste sábado ainda no Cemitério Municipal de Itu.

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