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Informações gerais

Cadeira: 29
Posição: 1
Data de nascimento:
Naturalidade:
Patrono: Pablo Neruda
Data de posse: 07/12/2014
 

Biografia

Filiação: João Rodrigues e Inês Duarte

*Escolaridade – Grupo Escolar Tancredo do Amaral (Primário),

*Admissão, Ginasial e Colegial na Escola Paula Santos.

*Ajustador Mecânico pela Escola SENAI de Itu.

*Graduado em Letras (Português/Inglês) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Nossa Senhora do Patrocínio em 1999, em Itu. Cursou até o 2º ano de jornalismo na Faculdade Prudente de Moraes também em Itu.

Registrado como jornalista profissional (MTB: 57.968/SP) em abril de 2009 por ter comprovado longa militância na imprensa saltense.

Trabalhou como mecânico e escriturário na Eucatex S/A; bancário no Banco do Commércio e Indústria de São Paulo; responsável pela área administrativa da Icaraí Avicultura Ltda.

Por 27 anos atuou como distribuidor de jornais e revistas na cidade, sendo proprietário durante o mesmo período da Livraria Bethânia, encerrando as atividades em 2004.

Em 2005 ingressou no jornal Taperá como vendedor de anúncios, onde atualmente exerce a função de jornalista e revisor. Autor de inúmeros textos da coleção Histórias de Sucesso, além de repórter de matérias especiais tanto no jornal como na Revista Taperá, inclusive sendo o redator da edição especial do cinquentenário desse jornal.

Desde a década de 70, esporadicamente, escrevia crônicas intituladas “Proesias” no jornal Taperá.

E desde 2005, ininterruptamente, colabora quinzenalmente como cronista com a coluna “Proesias” no Caderno 2 do Taperá.

Em 2010 participou do Prêmio UFF (Universidade Federal Fluminense de Niterói/RJ) de Literatura, comemorativo ao Jubileu de Ouro daquela instituição, tendo seu texto sido selecionado entre as 20 melhores crônicas, que compuseram, ao lado dos vinte melhores contos e vinte melhores poemas, a Antologia do Cinquentenário da UFF, editada pela Editora Federal Fluminense (EdUFF), com patrocínio da Fundação Euclides da Cunha, da Pró-Reitoria de Extensão da UFF e da Imprensa Oficial do Rio de Janeiro.

É autor da apresentação do livro Devaneio – Crônicas e Poemas, de Lázaro Piunti e Virginia Liberalesso, bem como de um dos depoimentos que compõem a biografia do dr. Archimedes Lammoglia, que será lançada nesta data.

Bibliografia

 Desde a década de 70, esporadicamente, escrevia crônicas intituladas “Proesias” no jornal Taperá.

A partir de 2005, ininterruptamente, colabora quinzenalmente como cronista com a coluna “Proesias” no Caderno 2 do Taperá.

Em 2010 participou do Prêmio UFF (Universidade Federal Fluminense de Niterói/RJ) de Literatura, comemorativo ao Jubileu de Ouro daquela instituição, tendo seu texto sido selecionado entre as 20 melhores crônicas, que compuseram, ao lado dos vinte melhores contos e vinte melhores poemas, a Antologia do Cinquentenário da UFF, editada pela Editora Federal Fluminense (EdUFF), com patrocínio da Fundação Euclides da Cunha, da Pró-Reitoria de Extensão da UFF e da Imprensa Oficial do Rio de Janeiro.

Em novembro de 2014 conquistou o 1º lugar no Festival de Poemas de Cerquilho (Fepoc) na categoria Prosa, em concurso nacional de literatura do qual participaram cerca de 220 escritores de 19 estados brasileiros e um da cidade de Saitama, no Japão.

É autor da apresentação do livro Devaneio – Crônicas e Poemas, de Lázaro Piunti e Virginia Liberalesso.

Participou da Biografia de Archimedes Lammoglia, de autoria de Valter Lenzi, lançada em 2014, com um depoimento sobre o biografado.

Discurso de posse

Bom dia a todos

Senhor presidente da Academia Saltense de Letras, professor Antonio Oirmes Ferrari, excelentíssimo senhor prefeito Juvenil Cirelli, Divaldo Garotinho, presidente da Câmara Municipal, Reinaldo Nogueira, prefeito de Indaiatuba, Rogério Nogueira, deputado estadual, Ana Osta, vice-presidente da ASLe, demais autoridades, familiares, estimados e queridos amigos.

Primeiramente quero agradecer ao amigo e patrão Valter Lenzi, que indicou meu nome à apreciação dessa Academia. E aos demais acadêmicos pela aprovação do meu ingresso a essa respeitada Casa das Letras.

Quero deixar registrado uma homenagem especial neste momento a minha mãe Inês Duarte e a meu pai João Rodrigues, responsáveis pela base da minha educação e a todos os professores da minha vida, desde os do meu longínquo curso Primário que fiz no Grupo Escolar Tancredo do Amaral (professoras Maria Anunciação, Otilia Raggio, Iracema Fernandes da Silva e Celia Biston) até os que tive na universidade, que me orientaram na pós-graduação da minha vida até hoje.

Embora continue achando que não mereço tamanha honraria de fazer parte da Academia Saltense de Letras, confesso que estou muito feliz e espero corresponder com os meus colegas das letras, a partir de agora, colaborando no que estiver ao meu alcance para que essa entidade continue se desenvolvendo e merecendo o prestigio até aqui conquistado.

Também parabenizar as duas novas integrantes que acabaram de tomar posse, minhas amigas, a historiadora Anicleide Zequini e a professora e advogada Maria Christina Noronha Liberalesso.

Para ser o meu patrono resolvi escolher um poeta, inspirador de poemas com os quais desde jovem me identifiquei, pela beleza de seus versos, pela sua intensa vida política em defesa de seus conterrâneos. É ele, o chileno Pablo Neruda, que acreditava no poder da poesia, esse poder invisível que pode modificar o mundo, e seu amor pela América Latina, pelo seu povo, pelos oprimidos.

Participou ativamente dos movimentos políticos do seu país, o Chile, onde nasceu em 1904 e morreu em 1973. Morreu logo depois do golpe militar do general Pinochet que derrubou o governo de Salvador Allende, presidente que se suicidou. A filha de Allende, Izabel, escreveu que Neruda morreu de tristeza ao ver o que estava acontecendo em seu país.

Seu primeiro livro surgiu em 1923 e viria a seguir uma obra marcante, pungente, com profunda conotação social, mas, também amorosa, caso do famoso “Cem Sonetos de Amor”, que Neruda escreveu a sua mulher, Matilde. Prêmio Nobel de Literatura em 1971. A Academia de Estocolmo explicou o Nobel de Neruda dizendo que foi concedido pela sua poesia cuja ação e força oferecem uma perspectiva vital aos sonhos e destinos da América Latina. Um homem que antes de tudo sonhou, teve a coragem de sonhar e sonhando escreveu que a poesia tem a comunicação secreta com o sofrimento do homem.

Neruda dizia que a poesia não se explica, sente-se. O fascínio da poesia está na inquietação que nos provoca e na emoção que nos desperta.

Também dizia que morre lentamente quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

***

Há outros dias que não têm chegado ainda,

Que estão fazendo-se

Como o pão ou as cadeiras ou o produto

Das farmácias ou das oficinas

- há fábricas de dias que virão –

Existem artesãos da alma

Que levantam e pesam e preparam

Certos dias amargos ou preciosos

Que de repente chegam à porta

Para premiar-nos

Com uma laranja

Ou assassinar-nos de imediato.

***

“Esperemos”, é o poema que acabei de ler de Neruda. Nele o poeta sugere que existe uma fábrica de dias que virão, onde nela trabalham artesãos da alma, que levantam, que pesam e preparam certos dias amargos ou preciosos, que de repente chegam a nossa porta.

Posso garantir que hoje, os artesãos da alma, me prepararam um dia precioso!

Muito obrigado.  

Salto, 15 de junho de 2014.

Jorge Luiz Duarte Rodrigues