Texto proferido em homenagem ao centenário do Dr. Mário Dotta em evento solene realizado em 12 de abril de 2025 na Escola Prima, localizada na terra natal do homenageado. Tal festividade aconteceu durante reunião da Academia Saltense de Letras e Academia Ituana de Letras.

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“Bom dia a todos e todas,

Em nome Dra. Marilena Matiuzzi, presidente da Academia Saltense de Letras e do Prof. Luís Roberto de Francisco, presidente da Academia Ituana de Letras, cumprimento aos familiares do Dr. Mário Dotta, a toda comunidade da Escola Prima e a todos os presentes neste evento.
O presente texto foi escrito pelo saudoso Confrade Valter Lenzi, primeiro ocupante da Cadeira de número 06 da Academia Saltense de Letras e cujo Patrono é o homenageado nesta data, Mário Dotta.

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Mário Dotta nasceu em Salto, em 14 de abril de 1925, filho de Attilio Dotta e Francisca Milioni Dotta. Casou-se com a professora Eunice Mazza, com quem teve dois filhos: Mário e Marília. Cursou o primário no Grupo Escolar Tancredo do Amaral e o ginasial no Ginásio Estadual de Itu, concluindo os estudos em 1942.
Durante quase cinco décadas, foi um nome conhecido e respeitado na cidade, o que lhe conferiu grande prestígio pessoal, profissional e político. Iniciou sua trajetória como comerciante no ramo de combustíveis, atividade que lhe permitiu custear os estudos de Direito. Nessa mesma época, destacou-se também como esportista, defendendo as equipes de basquete do Clube de Regatas Estudantes Saltenses e, principalmente, como jogador de futebol — atuando como centroavante do Guarani e também por outros clubes da cidade. Posteriormente, coroou os esforços próprios e de sua família ao se diplomar como o primeiro advogado nascido em Salto.

Além da advocacia, atuou na imprensa local como um dos fundadores e diretores do jornal O Liberal. Sua vida pública foi marcada pelo grande sucesso como político, sendo respeitado inclusive por seus adversários.

Como colaborador do Jornal O Liberal, Dotta se destacou por sua redação clara e precisa, pela vasta cultura e, principalmente, pelo arrojo ao enfrentar os governantes da época. Seu protagonismo no jornal foi tão expressivo que, em 1955, candidatou-se à prefeitura de Salto, perdendo a eleição por uma margem muito pequena. Naquele momento, já era uma figura amplamente conhecida e respeitada na cidade, não apenas pelos seus artigos em O Liberal, mas também por sua atuação como advogado, profissão que começou a exercer em 1947.”

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