Texto publicado na edição de 27/03/2020 do Jornal Primeira Feira.

Coluna: um dedinho de prosa.

Na próxima semana, a Academia Saltense de Letras promoveria a quarta edição da Semana Cultural Ettore Liberalesso que, devido ao estado de pandemia causado pelo Covid-19, a edição deste ano teve que ser adiada para uma data futura a ser definida.

A Semana Cultural surgiu com o objetivo de promover um evento literário sempre se comunicando com as outras artes, tendo por nome uma homenagem a um dos filhos da terra saltense, um pesquisador que dedicou anos de sua vida a estudar, levantar fontes e escrever a história da cidade a qual amava, não tinha formação acadêmica na área mas exerceu muito bem a função por ofício, publicando vários livros e escrevendo textos sobre a história e curiosidades de Salto.

Na próxima terça-feira, dia 31 de março, será também lembrando o centenário de Ettore Liberalesso e você, meu amigo leitor, poderá acompanhar as publicações sobre ele na página do FaceBook da Academia Saltense de Letras, instituição a qual foi fundador e ocupou a Cadeira de número 1. Eu, como professor e historiador, me sinto honrado em ocupar a Cadeira que um dia pertenceu ao Ettore e, se não bastasse, ainda o tenho como Patrono.

Ettore era um incansável pesquisador, leitor assíduo. “Tudo que cai na minha mão eu leio”, dizia ele.

Entre suas publicações, lança em 1987 a obra Salto: História, Vida e Tradição, reeditada no ano de 2000. Dois anos depois nasce o livro Salto: História de suas ruas e praças, influenciado por seu trabalho na Comissão de Nomenclatura. No ano de 2006 é a vez de Famílias de Salto chegar ao público saltense. Pouco depois, outra obra envolvendo a as ruas da cidade intitulada As mais de mil ruas de Salto. 2009 a cidade é contemplada com mais duas obras do autor: Salto, sua história, sua gente e Famílias de Salto. Por fim, em 2012, após anos escrevendo sobre a cidade e sua gente não poderia faltar sua própria história, é lançado Ettore: autobiografia mesclada à História.

Não bastasse toda essa rica contribuição, Liberalesso foi o mediador entre os doadores de objetos e o espaço que seria construído o Museu da Cidade que, em justa homenagem leva seu nome. Nas palavras escritas pela confreira Cristina Salvador em um texto sobre Ettore Liberalesso: “o Museu é a própria materialização da paixão que Ettore nutre por Salto e sua história”.

De fato, Ettore Liberalesso contribuiu muito para a produção da história da cidade, deixando sua marca e ficando eternizado na memória de sua terra natal.

Na próxima semana prosearemos mais sobre o historiador e seus feitos.

Bom fim de semana a todos.

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