Capa de Frankenstein, de Mary Shelley, primeiro livro de ficção da história

Neste 29 de outubro se comemora no Brasil o Dia Nacional do Livro, uma data que hoje serve para incentivar a leitura não só de livros impressos ou digitais, mas também de jornais e revistas.

A data foi criada em 1810 em comemoração à fundação da primeira biblioteca brasileira, a Real Biblioteca, no Rio de Janeiro. A escolha considerou o fato de a cidade ser a capital do país à época.

Nesse dia houve a transferência da Real Biblioteca Portuguesa para o Brasil, que se tornou a Biblioteca Nacional. Além de livros, havia manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas.

O Dia Nacional do Livro é uma data que merece ser celebrada por escritores e por leitores devido à importância da leitura para a formação do indivíduo e para o seu deleite pessoal.

Daniel Pennacchioni, conhecido como Daniel Pennac, escritor francês ganhador do Prêmio Renaudot de 2007 pelo seu romance autobiográfico Mágoas de escola, diz que a leitura induz ao prazer.

De fato, lemos por três razões principais: o prazer, a informação e o conhecimento. Embora as três se misturem ao longo de cada obra, os livros que dão mais prazer são os de ficção.

Olhar do autor

A vida que ninguém vê, na qual a autora mostra o prazer de ver com olhos do autor

Eliane Brum, jornalista e escritora gaúcha, uma das mais premiadas do país, trabalha bem essa questão do prazer que o leitor consegue ter ao olhar a partir do olhar do autor.

Em seu livro A vida que ninguém vê, da Arquipélago Editorial, ela chama a atenção para pequenas histórias reais sobre o que classifica de desacontecimentos e pessoas que não seriam notícia.

A exemplo de Eliane Brum, a leitura de ficção é um prazer com boas histórias. Por isso, a Academia Saltense de Letras selecionou 20 bons livros como dicas. A escolha se baseou nas histórias.

O primeiro deles é Frankenstein, de Mary Shelley. Ela foi a primeira autora de ficção científica do mundo. Muitas vezes chamado de terror, Frankenstein inaugurou a ficção científica em 1818.

A partir dele, surgiu a literatura de ficção e se seguiram:  Kindred laços de sangue, de Octavia Butler; Farenheit 451, de Ray Bradbury; e Admirável mundo novo, de Aldous Huxley.

Há também Um estranho numa terra estranha, de Robert A. Heilein; Duna, de Frank Herbert; 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Arthur C. Clarke; e Eu, robô, de Isaac Asimov.

Distopias e inspirações

Não podem ficar de fora da lista Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas? (Blade Runner), de Philip K. Dick; O guia definitivo do mochileiro das galáxias; e Os despossuídos, de Ursula K. Le Guin.

Para reforçar a lista: A Invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares; Mugre rosa, de Fernanda Trías; Orgulho e Preconceito, de Jane Austen; e O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry

Finalizando as dicas: Dom Casmurro, de Machado de Assis; Um Estudo em Vermelho, de Arthur Conan Doyle; O Processo, de Franz Kafka; e Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez.

O livro mais importante dessa seleção de ficção é Nós, do russo Lêvgueni Zamiátin. A história inspirou praticamente todas as distopias, livros e filmes, que se seguiram à sua publicação em 1923.

Ele não chegou a ser adaptado para o cinema, mas detalhes dele vão fazer o leitor lembrar de 1984, Admirável Mundo Novo, Divergente, Jogos Vorazes, O Conto da Aia, Delírio e outros.

Se você gostou dessas dicas ou se tem outros preferidos, não deixe de ler aproveitando a comemoração do Dia do Livro. Ler é uma viagem sem limites para sonhar, aprender e se sentir bem.

Dom Casmurro, um dos conflitos mais discutidos da literatura

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