“É incrível como a poesia da Célia casa perfeitamente com a música dela”.

A frase é de Rose Ferrari, editora do primeiro livro de poesia da multiartista Célia Trettel, convidada deste sábado (7) para a Sala de Visitas, um encontro com pessoas ligadas às artes, criado pela presidente da Academia Saltense de Letras, Anita Liberalesso, que ocorre sempre antes das reuniões ordinárias dos acadêmicos.

A musicista, escultora, pintora e professora de violão clássico e de artes e coordenadora do quarteto “Tristão Júnior” e da Orquestra Ituana de Viola Caipira estreou na poesia com o livro “Alma desnuda vestiu-se com palavras”, pela editora Mirarte, e fez questão de apresentar a obra ao violão para os acadêmicos no encontro.

Enquanto falava de como lhe veio a inspiração para começar a escrever poesias, Célia apresentou “Serões”, do concertista e pedagogo uruguaio Isaías Sávio; “Masurca”, do maestro e compositor brasileiro Villa-Lobos; “Eterna Saudade”, do violinista e compositor também brasileiro Dilermando Reis; e “Fascinação”, do compositor italiano Fermo Dante Marchetti.

Ela disse que viveu um período recente, muito intenso emocionalmente, em que acabou deixando transbordar a poesia que tinha dentro de si. “Não fazia poesia desde a adolescência como muitos poetas. Foi agora após um período marcante para mim. Fui escrevendo. Aí as pessoas começaram a pedir para publicar um livro. Então acabei fazendo”, contou a artista.

O casamento da música com a poesia em Célia Trettel se deu por conta da organização rítmica, das gradações melódicas e do discurso, segundo a editora do livro Rose Ferrari.

“Estamos todos encantados com sua arte Célia”, disse a presidente da Academia, Anita Liberalesso, cadeira 11, patrono Odmar do Amaral Gurgel, ao receber o livro da artista depois das apresentações, ainda sob os aplausos.

O ex-presidente da Academia Antônio Oirmes Ferrari, cadeira 7, patrono Machado de Assis, fez questão de ressaltar a importância de Célia Trettel para a música em Salto e na região. “Trabalhamos juntos no Conservatório de Salto. Ela criou as ‘Sextas Musicais’. Com o projeto atraiu gente de várias cidades, como Indaiatuba, Cabreúva e Itu. A Célia é sucesso em tudo”.

A vice-presidente da Academia, Marilena Matiuzzi, cadeira 39, patronesse Cora Coralina, resumiu a artista pelo quesito no qual ela é mais conhecida: “Pensou em música boa, pensou em Célia Trettel. Todos já sabem”, afirmou.

Além do livro de poesia e das músicas, Célia Trettel trouxe ao encontro vários quadros pintados por ela e algumas esculturas feitas em varvito e granito rosa. Alguns dos quadros chamaram mais a atenção dos acadêmicos por serem miniaturas com extrema perfeição de traços. Célia fez ainda a apresentação dos seus três violões de trabalho, um Sugiyama, um Jacarandá Violeta e um Violão Romântico. “São os meus aliados. Não os largo”, afirmou.

Serviço

O livro “Alma desnuda vestiu-se com palavras” pode ser adquirido no link: https://www.amazon.com.br/Alma-desnuda-vestiu-se-com-palavras/dp/6599752764 e nos principais marketplaces, além da editora Mirarte (https://editoramirarte.com.br/)

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