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Informações gerais
Patrono: Mário Dotta
Biografia
Bibliografia
Discurso de posse
Queria cumprimentar a atual presidente da Academia Saltense de Letra - ASle: a senhorita Marilena Matiuzzi, que organizou toda esta cerimônia de posse, para que juntos estivéssemos aqui. Cumprimentar minha amiga e madrinha e também acadêmica daqui da ASLE: a Anna Osta, os demais membros e atuais acadêmicos, minha família e todos os presentes que estão por aqui, para esta cerimônia.
Primeiro queria dizer que é uma honra ter sido um dos escolhidos e para compor a cadeira de número 6 da ALSE. Ter o privilégio de, como escritor, receber de meus pares a referida honrosa cadeira.
Se aquele menino de poucos anos pudesse vir, na janela do tempo, andando de pés descalços, ou de chinela, sob o brilho do sol, na Favela do Tino (os mais velhos sabem onde ficava), não acreditaria que nos seus quarenta e cinco anos, estivesse participando da posse de adesão para uma cadeira na Academia de Letras de sua cidade. Cadeira esta que representa um dos mecanismos mais eficazes de transmissão do conhecimento formal e informal, que são os livros.
E tudo isso é de grande responsabilidade e compromisso com o livro, com o conhecimento, com meus pares, e com esta academia, esta cidade. Mais responsabilidade ainda por estar assumindo a cadeira número 6, cujo patrono é o também escritor Mario Dotta. Que foi um eminente saltense, que nasceu em 14 de abril de 1925, iniciando sua carreira profissional como comerciante no ramo de combustíveis, diplomado o primeiro advogado saltense, jogador de futebol profissional (foi até centroavante pelo Guarani) e um dos fundadores do jornal O Liberal, depois se tornar o Taperá. Foi também politico pela cidade como vereador, chegando a se candidatar a prefeito do munícipio. Na literatura, Mario Dotta deixou um legado como escritor a partir dos seus livros Os Rios da Minha Terra e A Defesa de um Advogado.
E não menos importante, e também como responsabilidade de honrar a cadeira número 6, ela foi ocupada até ano passado pelo saudoso jornalista saltense Valter Lenzi, até os últimos dias de sua vida, desde a fundação desta academia. Valter Lenzi que nasceu 21 de janeiro de 1941 foi um dos fundadores desta academia, formou-se técnico em contabilidade e teve várias funções na burocracia estatal. Foi um dos fundadores do Jornal Taperá, ofício este que teve grande destaque na cidade atuando como diretor/editor e correspondente dos jornais O Estado de SP, Cruzeiro do Sul, de Sorocaba e Diário do Povo, de Campinas. De uma habilidade incrível com as letras, seu legado literário se deu a partir dos livros: História do Esporte Saltense (1970), Cidade Divertida e Pirotesca (1998), Crônica da Cidade (2002), Momentos (2003), 25 anos do Boca-de-Siri (2005), Croniquetas (2006), 120 Anos de Imprensa Saltense (2008), Vagueando (2010), 25 anos da Secretária Eletrônica (2014), Archimedes Lammoglia – Biografia (2014) e Cabecinha e Salto dos anos 50 (2015).
Por isso que, como membro acadêmico desta Academia Saltense de Letra, farei jus as atribuições constantes do estatuto, bem como ser inspiração a outros escritores no que se refere à literatura em prol dos jovens trabalhadores, jovens aprendizes, jovens de baixa-renda, que é para quem tenho me dedicado nestes últimos anos.
Então, faço a partir de agora o Juramento Acadêmico.
Juro exercer a arte de escrever e de falar com dignidade e independência, no julgo do meu livre pensamento. Assim como, de observar e ancorar minhas ações nos mais ricos princípios éticos e morais, de forma que possa eu contribuir para o processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento intelectual e moral do ser humano e, para o aprimoramento da educação e da cultura geral.
Assim sendo, juro ser fiel ao estatuto da Academia Saltense de Letras – ASLE, nossa instituição maior, cumprindo suas leis e levando e promovendo seu nome por todos os meios literários, seja em nosso município, neste estado, neste país, ou fora dele.
Gratidão.