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Informações gerais

Cadeira: 09
Posição: 2
Data de nascimento: 16/04/1941
Naturalidade: Treviso - Itália (naturalizado brasileiro em 1983)
Patrono: José de Alencar
Data de posse: 23/11/2019

Biografia

Cursou Administração em Bologna, na Itália.

Emigrou para o Venezuela em 1962 ficando em Caracas até 1970.

Em abril daquele ano, casado e com sua primeira filha, emigrou para o Brasil.

Chegou em São Paulo em abril de 1970 e iniciou suas atividades profissionais no ramo de iluminação na Cidade São Paulo à Rua Oscar Freire, na região dos Jardins, trabalhando com seu tio, Natale Bonali, (in memoriam).

O objetivo inicial das atividades foi o comércio e importação de lustres decorativos. Posteriormente, decidiu-se iniciar a fabricação nacional dos produtos e montou-se a fábrica “Altena”, (anagrama da palavra Natale).

O local escolhido para sediar as atividades, foi a Cidade de Salto, onde a família mora desde agosto de 1975.

Além da atividade profissional, o casal trilhou um caminho de intensa busca espiritual através do engajamento em muitos movimentos da igreja católica. Militaram no curso de noivos, Encontro de casais com Cristo, Coloco masculino e feminino etc. vindo a ocupar diferentes funções entre as quais a preparação de numerosas palestras de todo tipo e especializando-se bastante na defesa e na promoção da família.

Fizeram parte das Equipes de Nossa Senhora, um movimento internacional da Igreja Católica, durante trinta anos, chegando a desempenhar as funções de Casal responsável do Setor de Salto e Itu durante três anos.

Atualmente São ministros da Eucaristia na Paroquia de São Benedito.

 

Vivencia Literária

A paixão pela literatura surgiu aos dezesseis anos na Itália quando iniciei na literatura policial. Pouco tempo depois passei a eleger temas mais sérios chegando a ler boa parte de obras de autores russos como Dostoievski, Tolstói, Tchekhov etc.

A vida toda como autodidata, li centenas e centenas de obras das mais variadas espécies amadurecendo em meu coração a vontade de um dia escrever algo próprio, especialmente para deixar um legado de amor conjugal e familiar assim como de uma fé religiosa bastante solida e feliz.

Chegada a aposentadoria apresentou-se a oportunidade de poder dispor do tempo necessário.

O primeiro trabalho foi a tradução do diário de guerra da campanha Russa de meu falecido tio Natale. Um manuscrito que abrange quase seis meses da segunda guerra mundial no front Russo, com a sobrevivência do autor e sua rocambolesca volta à pátria. Este trabalho foi destinado aos familiares Brasileiros do tio que nunca tinham podido ler o épico diário por se tratar de estar escrito em outro idioma.

A segunda ideia veio dos amigos que, conhecendo a nossa família de quatro membros com quatro nacionalidades diferentes, tendo vivido experiências cosmopolitas muito variadas, me estimulavam a contar a história.

Assim surgiu “VILA KOSTKA– Encontros da vida”.

Um Romance autobiográfico desde minhas primeiras lembranças até os dias atuais. O livro de 302 páginas foi publicado em maio de 2017.

Atualmente estou escrevendo um romance inspirado na vida de minha avó materna, nascida no pais Basco que casou com um italiano e emigrou para o Uruguai no início do século vinte.

De Montevideo emigrou para Itália durante a primeira guerra mundial (1914/ 18) e teve quatro filhos.

Sua família Basca viveu a guerra civil espanhola (1935) e ela, na Itália, o pesadelo da segunda guerra mundial na qual perdeu o filho caçula, assassinado por guerrilheiros e ficou sofrendo a falta de notícias do outro filho, combatente do front Russo. (1940/ 45)

O romance poderá se chamar “ Por onde andou Pepita” (Título provisório).

Bibliografia

LIVROS PUBLICADOS

VILA KOSTKA– Encontros da vida

Discurso de posse

Ao receber a notícia de que estava sendo convidado para fazer parte da Academia de Letras Saltense fiquei bastante surpreso. O fato de ter publicado meu primeiro romance autobiográfico não me parecia motivo suficiente para esta honraria.

Na verdade, a questão do merecimento não depende do meu julgamento, mas certamente das pessoas que fazem parte desta prestigiosa Academia.

Passei então a examinar se, por minha parte, concordava com a finalidade da Academia e, defensor apaixonado que sou da literatura, cheguei à estimulante conclusão de que poderia prestar meus serviços neste imprescindível trabalho de promover a escrita e a leitura das memorias e das histórias que constituem o capital mais importante da humanidade.

Aceitei!

Outra surpresa me esperava quando soube que o meu patrono seria o titular da cadeira n.9, o ilustre José de Alencar.

O motivo da utilização de patronos que presidem as quarenta cadeiras desta prestimosa Academia não pode ser outro a não ser aquele de tê-los como modelos estimulantes para os que querem, como nós, promover o mundo das letras e das ideias.

Como muitos sabem, minha instrução foi bastante autodidata e centrada no meu país de nascimento, a Itália, da qual saí com mais de vinte anos. Quase nada sabia de literatura brasileira e seus autores me são, até hoje, pouco conhecidos. Isto faz que me sinta em dívida com este pais que tão bem acolheu a mim e a minha família.

O "santo" Google veio me ajudar com as informações biográficas de José de Alencar que me faltavam e que comparto brevemente com vocês todos.

Aqui vae então um resumo das mesmas!

 

José de Alencar, nascido no Ceará em 1829, filho de José Martiniano de Alencar, que foi senador do Império e de Ana Josefina, foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro nos curtos quarenta e oito anos de vida que teve.

É considerado o principal romancista brasileiro da fase romântica.

Aos quatorze anos, José de Alencar mudou-se, com sua família, para São Paulo onde terminou o secundário e ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

Em 1848, morando em Pernambuco, continuou a Faculdade de Direito de Olinda que concluiu em 1851.

Voltou então para o Rio de Janeiro onde exerceu advocacia.

Em 1854 ingressou no "Correio Mercantil", comentando, naquele jornal, acontecimentos sociais, estreias de peças teatrais, lançamento de novos livros e as muitas questões políticas.

Já desde 1844, empolgado com o sucesso do livro " A Moreninha" de Joaquim Manuel de Macedo, resolveu ser escritor de romances.

Dedicou-se à leitura dos autores de época como Alexandre Dumas, Balzac, Byron, entre outros e iniciou seu primeiro romance inacabado "Os contrabandistas". Mas foi em 1856, depois de assumir as funções de gerente e redator chefe do "Diário do Rio", que publicou, em forma de folhetim, seu primeiro romance "Cinco minutos" que acabei de ler poucos dias atrás.

No ano seguinte começou a publicar " O Guarani" em forma de folhetim e que, tendo alcançado grande sucesso, logo foi editado em livro.

Em 1858 Abandonou o Jornalismo e começou sua vida política chegando a Consultor com o título de Conselheiro.

Em 1860, com a morte do pai, se candidatou a deputado pelo Ceará pelo partido Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas.

Mesmo no auge da carreira política, José de Alencar não abandonou a literatura e em 1860, tendo-se encantado com a lenda de Iracema a transforma em livro.

Em 1884 casou-se com Georgina com a qual teve quatro filhos.

Naquela época viu suas obras atacadas por jornalistas e críticos que faziam campanha sistemática contra o romancista. A maioria, porém, o apoiava.

Durante toda a sua vida, procurou trazer para os livros as tradições, a história, a vida rural e urbana do Brasil, ficando assim famoso ao ponto de ser chamado, por Machado de Assis, chefe da literatura nacional.

O acervo de suas obras conta com mais de vinte livros além de artigos, peças teatrais, críticas etc.

Que dizer deste poderoso e estimulante Patrono, no fim deste meu breve discurso? Melhor exemplo não poderia ter diante de mim como escritor "neonato" de idade avançada que sou.

José de Alencar nunca desistiu. Fez jus a ser considerado um Imortal dentro da história literária Brasileira.

Eu, por minha parte, coloco para mim mesmo o desafio de conhecer mais profundamente suas obras para que possam inspirar-me a continuar escrevendo e ajudando a meus pares a renovar sempre o necessário espirito empreendedor.

Para encerrar escolhi três frases de José de Alencar para que possam ter uma pequena ideia de sua estatura humana.

A primeira quer estimular-nos a todos e diz assim:

O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.

  • A segunda frase é minha permanente regra de vida:

Tenho fé no amor, com ele vencerei o impossível.

  • A terceira é para nunca abusar da paciência dos outros.

Todo discurso deve ser como o vestido das mulheres; não tão curto, que nos escandalizem, nem tão comprido, que nos entristeçam.

Agradecido a todos, com uma especial lembrança para o meu padrinho, cumprimento-os com um caloroso abraço.