A recuperação histórica do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo
Pouco mais de um mês após um incêndio ter destruído o prédio que abrigava o Museu da Língua Portuguesa, no anexo à Estação da Luz, em São Paulo, um importante cenário de preservação cultural neste país, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB); a Fundação Roberto Marinho, mantenedora da Rede Globo de Televisão, e a Organização Social ID Brasil assinaram, no último dia 21 de janeiro, um acordo valioso para a restauração da estação, também atingida, e reconstrução do museu.
O acordo estabelece que a Fundação Roberto Marinho será a responsável pela execução das obras de reconstrução, restauro e reinstalação do museu, inclusive com revisões museográficas. Para tal, ela contará com a colaboração da Secretaria de Estado da Cultura e da ID Brasil, responsável pelo gerenciamento do museu. O mais interessante disso é que a proposta vai tomar como base o projeto arquitetônico que orientou o restauro de 2006.
Evidentemente, haverá ajustes necessários para atualização, mas isto não impedirá a celeridade no processo, que será alavancada com a indenização do seguro, já que o edifício tinha apólice contra incêndio no valor total de R$ 45 milhões. De acordo com o governo, a seguradora já vistoriou o local e está analisando o valor final do prêmio. Afora isso, o governo paulista procurará parceiros e patrocinadores. Alguns já demonstraram interesse em apoiar.
Leve-se em conta ainda que a exposição original, baseada em recursos de multimídia, está totalmente preservada em um datacenter e poderá agora ser aprimorada. Enquanto a obra de recuperação, restauro e reconstrução acontece, o Museu da Língua Portuguesa continuará desenvolvendo suas atividades em outros espaços. Estão sendo planejadas exposições itinerantes pelo interior, fortalecimento da plataforma educativa online e outras ações para o público da capital.
Em relação às plataformas de embarque da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na estação, que foram interditadas após o incêndio, a liberação total deve ocorrer em breve, pois as paredes do terceiro pavimento foram escoradas para garantir a estabilidade necessária à passagem dos trens e à segurança dos passageiros na área de embarque, tudo com orientação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que acompanha todas as intervenções.
Uma boa notícia.