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AS COISAS COMO NÃO SÃO
Por Andrade Jorge
As melodias das músicas em muitos casos enganam o mistério das estrofes, a poesia na verdade, tenta dizer uma coisa, a cifras compreendem a tristeza das palavras, e sai em busca de um arranjo pra levantar a moral do ambiente, as notas dóceis envolvem as palavras duras.
Vivemos uma dualidade, nem sempre o que pensamos expomos, as palavras podem não representar fielmente o pensamento, tomam outras direções, como dizem os mais antigos – cuidado com o sentido das palavras.
Numa empresa, que trabalhei, na época do verão o escritório ficava cheio de mosquitos, então, o gerente deixou uma ordem de serviço a ser feita após o expediente da administração, dizia o bilhete para o Porteiro: “Favor pegar a bomba de Flitz, e ‘fritar’ as moscas do Escritório. Assinado Fulano de tal Gerente. O Porteiro não entendeu nada, como ele iria ‘fritar’ as moscas, mas, para não deixar de cumprir o serviço ordenado, acionou a bomba manual com o veneno, matou os insetos, moscas, mosquitos e congêneres, depois colocou as mesmas numa lata, e deixou-a na mesa do Gerente, com um bilhete: Sr. Gerente, favor dar as coordenadas como ‘fritar” as mosca, mortas elas já estão, conforme pedido. Assinado Porteiro da Noite. Notem que o pensamento era um, a exposição foi outra, não houve entendimento, mas, por um acaso a ordem foi atendida. O Porteiro está esperando a aula de “frita” até hoje.
Mudando de pato pra ganso, o namoro entre um casal, expressa o sentimento, que vivem no momento, tal qual os animais felinos, aves, pássaros, para chamar atenção da possível companheira, dançam, abrem asas, cantam, caem no ridículo por um objetivo maior, um será o rei, os outros continuarão a vida normal, mas, sem companheira naquela temporada de cio. Entre os humanos, não há a temporada de cio, os seres estão sempre em temporada, sempre na tentativa de conquista, e como a temporada é infinita, uma hora conseguem a licença para aproximação, digamos mais íntima, que em muitos casos termina num acasalamento e união para sempre. Os seres humanos são monogâmicos, embora haja região que permita a bigamia, mas aí já outra história, e não é tão simples, o homem tem que ter poder financeiro para o tratamento igualitário às concubinas, se não tiver, perante a lei não pode ter mais que uma, só para conhecimento existem 25 animais monogâmicos, entre eles: Pinguins, Lobos, Águia Careca (símbolo dos americanos), Barata, Cisne. Mas, voltando ao namoro, o casal acha que estão devidamente entendidos, então casam, e vão morar juntos, dividir a vida juntos, rir e chorar juntos, ter comprometimento.
Este é o sentido da equação felicidade (xx+xy:s^2) = F onde “xx” cromossomos da mulher, e xy do homem, dividido por S ao quadrado, igual a F (felicidade). Todo esse trabalho a dança do acasalamento, que nos humanos é o namoro, onde ele demonstra suas habilidade, conhecimentos, jeito de ser, até a conquista final, e como são monogâmicos significa “até que a morte os separe”, diz o Padre, com base na Bíblia do novo testamento, com base no Velho, uma das citações está em Marcos 10:2-12 quando os fariseus perguntaram a Jesus, tentando-o:
─ “É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher?”
Responde o Mestre: “O que Moisés ordenou a vocês?”, Responderam:
─ “Moisés permitiu que o homem lhe desse uma certidão de divórcio e a mandasse embora”.
Respondeu Jesus:
─ “Moisés escreveu essa lei por causa da dureza de coração de vocês. E continuou:
─” Mas, no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’. Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne.”
Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe.
Quando estava em casa novamente, os discípulos interrogaram Jesus sobre o mesmo assunto.
Ele respondeu: “Todo aquele que se divorciar de sua mulher, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério contra ela.
E, se ela se divorciar de seu marido e se casar com outro homem, estará cometendo adultério”.
No caráter religioso da monogamia, não existe a possibilidade de concubinato, ao se unirem por lei e por religiosidade (católica romana, evangélica, ortodoxa, Afro, etc), passam por um processo de informações pré casamento, constituem padrinhos, é uma trabalheira só.
O que não entendo é que após o casamento, depois de um certo tempo, pode ocorrer, como é de conhecimento mundial, o famoso Corno, mas de onde vem essa expressão? várias as teorias do surgimento dessa expressão que até hoje incomoda tanto. Primeiramente e etimologicamente, vem do termo “kérata poiein” que traduzindo é “fazer corno; enganar um marido”.
Depois, vem aquelas famosas teorias dos chifres que nascem na cabeça após uma traição. Por outro lado, tem também o capacete de touro com chifres, que alguns usariam após descobrir a traição.
Segundo algumas pesquisas, a origem da palavra corno, de fato, surgiu nas Ordenações Filipinas, ainda vigentes em 1733, e com as leis que vigoraram no Brasil nessa época. De acordo com este documento, o marido e a mulher pagariam, juntos, pelo pecado de adultério cometido por ela e aceito por ele. Assim, ambos usariam o chapéu de chifre.
É uma referência aos animais chifrudos que usam seus chifres (cornos) para espantar outros animais. Pois, a fêmea sempre vive próxima a um único macho.
É daí que surgiu também a expressão Dor de Corno, ou melhor traduzindo, dor nos chifres. É quando alguém não ganha a luta, é traído e vai sofrer a sua dor. Popularmente, falamos que cura essa dor de corno traindo também ou bebendo, e ouvindo músicas com muita sofrência.
Descoberta a traição vem a separação, às vezes continuam juntos, somente por aparências, é para não dividir bens, essa divisão certamente não é direcionada aos pobres, que nada tem. Mas, vejam a dor de cabeça para separação, que após o magistrado bate o martelo, como em leilão, as obrigações, neste caso somente para os homens que pagarão pensão à mulher e filhos menores de idade, porém se provar que a mulher ganha mais, ela pagará pensão a ele, caso difícil, mas, é possível. Os bens são divididos, se têm só uma casa, fica com ela e filhos, ela com uso frutos do imóvel até morrer, porém, uma nova lei trouxe nova modalidade de perda da propriedade por abandono do lar, prevendo que, se um dos cônjuges deixar o lar conjugal por dois anos ininterruptos, caracterizando abandono da família, perde o seu direito de propriedade sobre o bem que era residência do casal. Se casar novamente, de forma legal, a lei prevê trouxe nova modalidade de perda da propriedade por abandono do lar, prevendo que, se um dos cônjuges deixar o lar conjugal por dois anos ininterruptos, caracterizando abandono da família, perde o seu direito de propriedade sobre o bem que era residência do casal. o código civil de 2002 reconhece sim ao cônjuge ou companheiro sobrevivente o direito real de moradia mesmo que ele se case novamente ou forme nova família.
Na vigência do Código civil de 1916 limitava o exercício do direito, apenas “enquanto durasse a viuvez”.
E tudo isso porque ele ou ela, ele /ele, ou ela/ela, foram lanchar fora de casa, mas por que? Por qual motivo foram comer e beber fora do prato?
Parodiando a música de Leandro e Leonardo, que tem um refrão que diz
” Beijo por beijo, sonho por sonho, Carinho por amor, paixão por paixão”
A letra da nossa estrofe seria assim:
“Bilau por bilau, xana por xana, vontade de amor, tesão por tesão”
Só pode ser isso Tesão casual.
Veja, aqui também o sentido da palavra dita e escrita, foi um, o entendimento na vida real, mudou de direção, depois de tanto trabalho o desgraçado (a) vai lá e faz workshop de ‘Como trair’. Pode isso Arnaldo? A regra não é clara?
Ah bão!
“As coisas não são como deveriam ser.”
FIM
AUTOR: ANDRADE JORGE – ACADÊMICO DA ACADEMIA DE LETRAS DO PORTAL DO POETA BRASILEIRO E ACADEMIA SALTENSE DE LETRAS
26/08/2023
Fontes:
Segredo do Mundo
Bíblia Sagrada on line
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