Aniversariante desta quarta-feira (26), o escritor se encantou com o conto de Hans Andersen ‘O Soldadinho de Chumbo’

Jorge Duarte Rodrigues é jornalista de Taperá desde 2005

Aniversariante desta quarta-feira (26), o escritor Jorge Duarte Rodrigues, cadeira 29 da Academia Saltense de Letras, patrono Pablo Neruda, foi incentivado à leitura pelo pai desde pequeno, mas foi a partir do presente da professora Célia Biston, do antigo primário, que se apaixonou definitivamente pela literatura.

Ele ganhou dela um exemplar em capa dura do livro O Soldadinho de Chumbo, o primeiro conto de fadas escrito por Hans Christian Andersen, que foi publicado pela primeira vez em 1838, no qual um boneco, que tem apenas uma perna, se apaixona por uma bailarina, também boneca, e cujo final, curiosamente, não é feliz.

Se o final do primeiro livro que leu não foi feliz, Jorge Duarte teve uma infância bastante feliz. Oriundo de uma família de seis irmãos, que nasceram pelas mãos da parteira Dona Elisa na Vila Nova, em Salto, ele cresceu brincando em um grande quintal, cheio de mangueiras centenárias e um bambuzal banhado por um córrego.

Menino inquieto, jogava bola na Rua Quintino Bocaiuva, que ainda era de terra batida na época, e gostava de ver a descida da boiada rumo ao Matadouro Municipal, que ficava a apenas 50 metros da casa onde morava. “Brincava e me divertia muito com coisas simples que eram empolgantes na minha infância”, relata.

Depois de O Soldadinho de Chumbo, Jorge Duarte conheceu outras obras de vários escritores que o encantaram. Seus preferidos são: Machado de Assis, Carlos Heitor Cony e Paulo Mendes Campos, cronistas que ele devorou a vida toda. E leu ainda a bíblia, o Breviário Romano e revistas cristãs, que o pai assinava.

Agora o escritor prepara um livro que vai reunir uma seleção das crônicas que publicou no jornal Taperá. Desde 2005, de forma ininterrupta, ele divulga suas crônicas quinzenalmente na coluna Proesias. “São 17 anos de publicações. O difícil está sendo a escolha. O livro não terá nem 10% desse conteúdo todo”, diz.

Discurso na formatura do antigo primário, em 1964

Autor da biografia Valter Lenzi – 60 anos de jornalismo, publicado em 2018, Jorge Duarte também fez a apresentação do livro Devaneio – Crônicas e Poemas, dos acadêmicos Lázaro José Piunti e Virgínia Soares Liberalesso e um dos depoimentos que compõem a biografia do médico e deputado saltense Archimedes Lammoglia.

Ao longo da carreira literária, ele foi premiado em vários concursos, sendo um dos principais estar entre os 20 melhores cronistas do Prêmio de Literatura da Universidade Federal Fluminense, de Niterói (RJ), que, ao lado das 20 melhores poesias e 20 melhores contos, compôs a Antologia do Cinquentenário da Universidade.

Outra premiação importante foi ter ficado em primeiro lugar no Festival de Poemas de Cerquilho, promovido pela Prefeitura daquela cidade, concorrendo na categoria prosa, que foi um concurso nacional, do qual participaram cerca de 220 escritores de 19 Estados brasileiros e um da cidade de Saitama, no Japão.

Na Academia Saltense de Letras, Jorge Duarte Rodrigues participou de várias coletâneas. Indicou para integrarem o rol dos acadêmicos a poetisa Virgínia Soares Liberalesso e o seu neto Paulo de Tarso Liberalesso Filho. E ainda indicou, ao lado de Valter Lenzi, o empresário João Marcos Andrietta como Membro Honorário.

Jorge Duarte é jornalista profissional e é também revisor, repórter e editor de Cultura do jornal Taperá. Dirigiu a Distribuidora de Revistas da Editora Abril e foi proprietário da Livraria Bethânia. E foi supervisor-adjunto do Banco do Commércio e Indústria, aprendiz do Senai na Eucatex e auxiliar administrativo na Granja Icaraí.

Formatura do antigo primário no salão social da Cooperativa Operária Saltense

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