Perguntaram pra mim se ainda gosto dela. Respondi: Tenho ódio e morro de amor por ela.

Esse refrão fez muito sucesso na voz de Leandro e Leonardo em 1989, mas ele só é bom para a música.

Na vida real, ninguém quer viver assim.

O problema é que muita gente vive dessa maneira.

Esses são os relacionamentos tóxicos.

Eles começam com uma paixão muito intensa e depois passam a insultos, elogios falsos, agressões físicas. Alguns terminam até em crimes, os famosos feminicídios.

Não existe razão para viver desse jeito, mas as pessoas não conseguem perceber aonde chegaram e nem o quanto se prejudicaram e muitas vezes vão até o final.

Temos de nos perguntar sempre se nos sentimos felizes no relacionamento em que estamos.

É claro que não dá para ser feliz o tempo todo, mas o inverso também vale: não dá para não ser o tempo todo.

Quando as brigas se tornam rotina, elas alteram como a pessoa se sente com ela mesma. Ela deixa de se sentir segura e não se vê diferente de uma porcaria.

As agressões verbais passam a ferir cada vez mais.

A sensação é de que não se é suficiente para o outro.

A pessoa se veste diferente do que está acostumada para agradar e não se encontra em roupa nenhuma.

Se isto tudo ocorre, é hora de ver o que se sente antes de ver o outro. Frio na barriga não dá depois de algum tempo, mas não rola ter ansiedade, desconforto, medo.

Não podem acabar as mensagens, o beijo, o eu te amo.

Drummond dizia: Quero que todos os dias do ano, todos os dias da vida, de meia em meia hora, de 5 em 5 minutos me digas: Eu te amo. Ouvindo-te dizer: Eu te amo, creio, no momento, que sou amado.

Isso é fundamental para ser feliz.

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