Luiz Castellari nasceu em Salto em 17 de abril de 1901, sendo filho do maestro Henrique Castellari e Luiza I. das chagas Castellari. Faleceu ainda moço, em 1° de agosto de 1948, estando sepultado no Cemitério Municipal de Salto, cidade que ele tanto amou; deixou viúva Santina S. Castellari e os filhos Nora, Hércules, Ludovico e João Francisco. Durante toda a sua vida, sempre se dedicou a Salto e seus problemas, tendo desenvolvido atividades sociais, artísticas, tais como a música, de quem era um apaixonado, talvez por herança de seu pai. Foi músico militante da Corporação Musical Saltense, além de auxiliar de instrutor.
Nos idos de 1927, como integrante da orquestra Itaguassu, participou da fundação da Sociedade Instrutiva e Recreativa Ideal. A partir dessa época, passou a interessar-se pela história da sua cidade. Iniciou, então o árduo trabalho de levantamento de toda sorte de fontes de referências históricas, através de consultas a documentos e entrevistas com antigos moradores da cidade ou seus descendentes mais diretos. Vasculhou bibliotecas, descobriu e consultou livros de registro, atas antigas de Igrejas e algumas outras fontes de consulta. Conseguiu encontrar o próprio testamento do bandeirante Antônio Vieira Tavares, fundador da cidade.
Numa de suas inúmeras visitas ao Museu do Ipiranga, na Capital, travou amizade íntima com o historiador Afonso d’ Escragnolle Taunay, ao qual mostrou seus escritos e de quem recebeu muitos ensinamentos. Aliás, não só o Museu do Ipiranga o autor deste livro visitava com frequência; compareceu às Secretarias de Estado, à Academia Brasileira de Letras, ao Instituto Histórico e Geográfico, ao Museu da Convenção de Itu e à Cúria Metropolitana de São Paulo.
Luiz Castellari viveu intensamente a história de sua terra. Em 1942 resolveu dar por findo o seu trabalho e reuniu num só volume todas transcrições, depoimentos, anotações e escritos e tinha a intenção de publicá-lo. Não obteve êxito, apesar de enormes esforços. Após sua morte, parte da obra foi publicada no semanário “O Liberal” e tempos após na revista “Taperá”.
No ano de 1971, foi lançado o livro História de Salto, pesquisa realizada por Castellari.
Texto retirado do livro História de Salto, publicado em 1971, de Luiz Castellari.